Recentemente, o governo dos EUA impôs tarifas sobre vários países, e a China retaliou com suas próprias tarifas sobre os produtos americanos, aumentando as preocupações sobre uma escalada da guerra comercial e perturbando os mercados financeiros globais.
O J.P. Morgan agora vê 60% de chance de uma recessão global até o final do ano, em comparação com 40% anteriormente. A corretora destacou que as políticas disruptivas dos EUA surgiram como o principal risco para a economia global este ano. Seu relatório observou que as políticas comerciais do país se tornaram menos favoráveis para os negócios do que o esperado, e o efeito pode ser ampliado por tarifas retaliatórias, um declínio no sentimento empresarial dos EUA e interrupções na cadeia de suprimentos.
Outras empresas, incluindo a S&P Global, também aumentaram suas probabilidades de recessão para os EUA. Por exemplo, a S&P Global aumentou sua probabilidade subjetiva de uma recessão nos EUA para 30% a 35%, ante 25% em março. O Goldman Sachs, antes do anúncio das tarifas, aumentou a probabilidade de uma recessão nos EUA para 35%, citando fundamentos econômicos mais fracos em comparação com anos anteriores.
O HSBC sugeriu que a narrativa da recessão está ganhando força, mas observou que parte desse risco já está incorporada ao mercado. De acordo com seu indicador do mercado de ações, a chance de uma recessão já está precificada em cerca de 40%.
Várias outras empresas, incluindo Barclays, BofA Global Research, Deutsche Bank, RBC Capital Markets e UBS, também alertaram sobre um risco maior de recessão nos EUA, especialmente se as novas tarifas permanecerem em vigor. O Barclays e o UBS alertaram que a economia dos EUA poderia entrar em território de contração, com previsões de crescimento econômico variando entre 0,1% e 1%.
Apesar dessas preocupações, alguns analistas acreditam que o Federal Reserve pode aproveitar a oportunidade para cortar as taxas de juros para estimular a atividade econômica. O J.P. Morgan espera que o impacto do choque tarifário seja "modestamente atenuado" pelo potencial de novos cortes nas taxas. O Goldman Sachs prevê três cortes nas taxas até o final do ano, em comparação com as expectativas anteriores de dois, enquanto outras empresas, como Nomura e RBC, esperam um ou três cortes, respectivamente. O Citigroup também previu 125 pontos-base de cortes a partir de maio.
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